terça-feira, 22 de maio de 2012

Exercício 6.1: Visita Iberê Camargo

Para a execução do trabalho final que é a maquete da Fundação Iberê Camargo, foi proposta a visitação desta obra arquitetônica, tanto para conhecê-la e ver suas peculiaridades assim como se familiarizar com a sua estrutura e formas.

Houve a visita da turma no dia 4 de maio, no entanto não pude estar presente. Assim, fui ao local por conta própria num outro dia. Talvez possa não ter pego todos os detalhes amostrados no dia com a presença das professoras, mas descreverei abaixo a minha percepção da obra.

A Fundação foi projetada pelo arquiteto português Álvaro Siza, e foi inaugurada em 2008.
De longe podemos perceber o concreto branco caracterítico da estrutura, que está situada à beira do Guaíba.



 Com a aproximação podemos ver com mais detalhes os grandes braços que marcam a identidade da obra.
Pode-se observar também a existência de poucas aberturas ou janelas, ponto este que será comentado posteriormente ao ser analisado o interior.

Havendo um jogo de cheios e vazios, nota-se  a tensão existente entre os braços, mas que não ocorre se analisarmos a estrutura como um todo, pois há um certo equilíbrio.

Há uma relação entre linhas ortogonais e curvilínias, que ocorre em todo a obra, incluindo o seu interior.


Nesta visualização abaixo podemos observar o quando os braços se projetam além da estrutura fechada do Iberê.

Relação entre curvas e retas numa perfeita interação. Não há conflito de formas, mesmo estas possuindo características diferentes.


Aqui podemos observar o corte seco que existe em sua parte posterior, e o vazio posicionado num dos cantos inferiores.

Nota-se um eixo visual vertical que delimita uma harmonia nos pesos da estrutura, mesmo as formas sendo diferentes em ambos os lados.

Vazio existente na parte posterior da obra.

Nota-se um cuidado na composição dos cortes e retas para gerar um efeito arquitetônico específico. Percebe-se que nada é por acaso, tudo foi meticulosamente pensado.


A imagem abaixo mostra a projeção dos braços retos saindo de uma forma curva.

Visão da fachada. 

Em toda a obra, as angulações dos braços formam efeitos de sombra interessantes e únicos a cada momento do dia, conforme a posição solar.


Antes mesmo de entrar na Fundação em si, nos deparamos com esta vista para o alto. Como se já tivéssemos entrado na obra antes mesmo de entrar pela porta, como se fosse uma espécie de hall de acesso.




Adentrando percebemos que a conversação entre formas retas e curvilíneas está contida em toda a obra.



A maior parte da iluminação é artificial, embora haja aberturas que foram projetadas para a incidência de luz natural. Mas devido à cautela na preservação das obras tal foi evitada. Em algumas aberturas em que há incidência de luz solar há filtros específicos.
 Não há escadas entre os andares, o acesso se dá por rampas laterais, o que garante mais integração entre os andares, sem  apontar uma divisão serrada entre estes. 



Há poucas aberturas, porém estrategicamente posicionadas para apreciação da paisagem exterior. Não foram projetadas para simplesmente serem janelas, mas sim, uma espécie de quadro, onde a obra é a visualização da paisagem, com o Guaíba fazendo papel de pintura.





As aberturas de luz geralmente são indiretas, o que promove um clima de envolvimento. Na figura abaixo podemos observar a entrada de luz vindo lateralmente do teto. O mesmo esquema é usado para a circulação do ar condicionado. Os aparelhos ficam escondidos, havendo apenas aberturas estreitas e discretas por onde o ar atravessa e climatiza todo o ambiente.

Luz e sombra promovendo um clima de mistério ao longo do corredor estreito.

Abertura zenital estrategicamente posicionada.


Estacionamento, num clima muito sóbrio. A luz é refletida no piso, o que colabora para uma maior iluminação.

O mobiliário, sinalização, luminárias... do museu também foram desenvolvidos pelo arquiteto português.

Obs.: Algumas fotos do interior foram retiradas da internet para exemplificar os comentários, já que a bateria da minha câmera acabou pouco depois de entrar na Fundação.

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